sábado, 5 de dezembro de 2015

MARÍLIA PÊRA a SUPER ESTRELA :: ATRIZ, CANTORA, BAILARINA, COREÓGRAFA, ESCRITORA e DIRETORA :: 22/01/1943 à 05/12/2015 :: RIO DE JANEIRO-BRASIL.


Bruno Faria e Marília juntos desde 1998, Nelson Motta e a filha Nina Morena.

Com Nelson Motta com quem foi casada de 1972 à 1987 e tiveram duas lindas filhas Esperança Motta e Nina Morena.

Nina Morena, Marília e Esperança Motta.

Ricardo Graça Mello sua mãe Marília e Nelson Motta.


Com seu grande amigo e parceiro Miguel Falabella em seu último trabalho na TV Globo.

Marília com Lucélia Santos, Pedro Neschling e Giulia Gam.

Biografia:
Marília Marzullo Pêra nasceu no Rio de Janeiro em 22 de janeiro de 1943 e faleceu hoje no Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2015 foi uma atriz, cantora e diretora teatral brasileira.

Além de interpretar, Marília cantava, dançava e atuava também como coreógrafa, produtora e diretora de peças e espetáculos musicais.

Filha dos atores Manuel Pêra e Dinorah Marzullo, Marília pisou no palco de um teatro pela primeira vez aos quatro anos de idade, ao lado dos pais, que integravam o elenco da companhia de Henriette Morineau.

Dos 14 aos 21 anos atuou como bailarina e participou de musicais e revistas, entre eles, Minha Querida Lady (1962), protagonizado por Bibi Ferreira. Segundo Marília, ela passou porque os diretores estavam procurando alguém que poderia fazer acrobacias, o que era raro naquela época. Outras peças como: O Teu Cabelo Não Nega (1963), biografia de Lamartine Babo, no papel de Carmen Miranda. Voltaria a viver o papel da cantora no espetáculo A Pequena Notável (1966), dirigido por Ary Fontoura; no A Tribute to Carmen Miranda no Lincoln Center, em Nova Iorque (1975), dirigido por Nelson Motta; na única apresentação A Pêra da Carmem no Canecão em 1986, e no musical Marília Pêra canta Carmen Miranda (2005), dirigido por Maurício Sherman.

A primeira aparição na televisão foi em Rosinha do Sobrado, na Rede Globo, em 1965) e, em seguida, em A Moreninha. Em 1967 fez sua primeira apresentação em um espetáculo musical, A Úlcera de Ouro, de Hélio Bloch.

Em 1969, conquistou grande sucesso no papel da protagonista do drama Fala Baixo Senão eu Grito, com direção de Clóvis Bueno, primeira peça teatral da dramaturga paulista Leilah Assumpção. Pela interpretação da complexa personagem Mariazinha, solteirona virgem que vive em um pensionato de freiras, Marília recebeu o prêmio Molière e também o prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT) (atual Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA)). Seu futuro marido Paulo Villaça interpretou o ladrão que numa noite pula a janela do quarto com a intenção de roubar. Na conversa entre os dois, que dura a noite toda, a solteirona revela ao público e a si mesma suas frustrações.

Em 1964, Marília derrotou Elis Regina num teste para o musical Como Vencer na Vida sem Fazer Força, ambas ainda não eram conhecidas na época. Logo depois, em 1975, gravou o LP Feiticeira, lançado pela Som Livre.

Marília é a atriz que mais atuou sozinha nos palcos, conseguindo atrair o público infantil para a difícil arte do monólogo. Além de Carmen Miranda, desempenhou nas telas e no palco papéis de mulheres célebres, como Maria Callas, Dalva de Oliveira, Coco Chanel e a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek. A estreia como diretora aconteceu em 1978, na peça A Menina e o Vento, de Maria Clara Machado.

Em declaração feita ao Fantástico em 2006, pegando carona no sucesso de sua personagem Milú, na novela Cobras & Lagartos, Marília relatou sobre a carreira e disse que não suporta contracenar com atores de mau hálito e chulé. Ela comentou que há muitos atores que não se preocupam com a higiene, sem citar nomes (foi uma indireta para seu par romântico na novela, Herson Capri). Marília alega que nunca se achou bonita e que sempre foi desengonçada.

Nos anos 60, chegou a ser presa durante a apresentação da peça Roda Viva (1968) de Chico Buarque e obrigada a correr nua por um corredor polonês. Foi presa uma segunda vez, visto que era tida como comunista, quando policias invadiram a residência, assustando a todos, inclusive o filho Ricardo Graça Mello de sete anos, que dormia.

Em 1992, apresentou o musical Elas por Elas, para a TV Globo.

Em 2008, foi protagonista do longa-metragem, Polaróides Urbanas, de Miguel Falabella, onde interpreta duas irmãs gêmeas.

Em 2009, foi escalada para viver a hippie Rejane Batista na minissérie Cinquentinha, de Aguinaldo Silva. Após várias cenas gravadas, a atriz desistiu do papel, causando mal estar nos corredores da TV Globo. No lugar de Marília, entrou a atriz Betty Lago que se encaixou perfeitamente no papel, sendo muito elogiada pela crítica. Algumas notícias dizendo que o motivo para não querer seguir com a interpretação foi não se sentir à vontade com o papel, circularam na época.

Em abril de 2010 integrou o elenco da série A Vida Alheia, de Miguel Falabella, na Rede Globo, como Catarina.

Em janeiro de 2013, ocorreu a estreia do seriado Pé na Cova, em que Marília Pêra interpretou Darlene, a maquiadora da funerária do ex-esposo Russo (Miguel Falabella), e que vive no subúrbio. Em abril de 2014, por conta de problemas pessoais, a atriz deixou o seriado, retornando às gravações no dia 11 de junho de 2014.

No carnaval de 2015, Marília foi homenageada pela Escola de Samba Mocidade Alegre, de São Paulo. Em agosto do mesmo ano, ela foi a grande homenageada do Festival de Cinema de Gramado, onde recebeu o prestigiado Troféu Oscarito.

Amora Pêra, Sandra Pêra, Ricardo Graça Mello, Esperança Motta, D. Dinorah Marzullo e Marília.

Casou-se pela primeira vez aos dezessete anos, com o músico Paulo Graça Mello, morto num acidente de carro em 1969. Aos dezoito, foi mãe do também ator Ricardo Graça Mello. Mais tarde, foi casada com o ator Paulo Villaça, seu parceiro em Fala Baixo Senão Eu Grito, e com Nelson Motta, com quem teve as filhas Esperança e Nina. Era casada, desde 1998, com o economista carioca Bruno Faria.

Marília era irmã da atriz Sandra Pêra, neta da atriz Antônia Marzullo e sobrinha do ator Abel Pêra.

Faleceu em seu apartamento em Ipanema, no Rio de Janeiro, hoje, sábado dia 5 de dezembro de 2015. Em seus últimos meses de vida, a atriz lutava contra um câncer de pulmão. Ela passara o ano em tratamento médico, segundo informações dos familiares, combatendo um desgaste nos ossos do quadril, o que a fez se afastar do trabalho.

Cinema:
1968 - O Homem que Comprou o Mundo
1970 - É Simonal
1971 - O Donzelo
1975 - Ana, a Libertina
1975 - O Rei da Noite
1978 - O Grande Desbum...
1980 - Pixote, a Lei do Mais Fraco
1982 - Bar Esperança
1983 - Areias Sagradas
1985 - Mixed Blood
1986 - Anjos da Noite
1989 - Dias Melhores Virão
1995 - Jenipapo
1996 - Tieta do Agreste
1998 - Central do Brasil
1999 - O Viajante
2000 - Amélia
2003 - Seja o que Deus Quiser!
2005 - Garrincha, a Estrela Solitária
2005 - Living the Dream
2005 - Vestido de noiva
2006 - Acredite, um Espírito Baixou em Mim
2006 - Pixote in Memoriam
2007 - Jogo de Cena
2008 - Embarque Imediato
2008 - Nossa vida não cabe num opala
2008 - Polaróides Urbanas.

Teatro:
1948 - Medéia
1948 - Frenesi
1948 - O casaco encantado
1960 - Terra seca
1960 - O rei mentiroso
1961 - Espanta gato (em Portugal)
1960 - Divorciados (em Portugal)
1960 - Society em baby doll (Brasil e Portugal)
1961 - Minha querida lady
1963 - Teu cabelo não nega
1964 – A ópera dos três vinténs
1964 – Como vencer na vida sem fazer força
1966 – Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come
1966 - Onde canta o sabiá
1967 – A megera domada
1967 - A úlcera de ouro
1968 - O barbeiro de Sevilha
1968 - Roda viva
1969 – A moreninha
1970 - A vida escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato
1971 – A pequena notável
1973 – Apareceu a Margarida
1974 – Pippin
1975 – A feiticeira
1975 – Síndica, qual é a tua?
1976 – Deus lhe pague (musical)
1977 – O exércício
1978 – A menina e o vento (como atriz e também na direção)
1979 – Pato com laranja (ao lado de Paulo Autran)
1980 - Brasil da censura à abertura
1981 – Doce deleite
1983 – Adorável Júlia
1984 – Brincando em cima daquilo
1986 – O mistério de Irma Vap (apenas direção)
1987 – A estrela Dalva
1989 – Elas por ela
1991 - Quem matou a baronesa?
1992 - Elas por ela
1992 – A prima dona
1996 – Master Class
1997 - Padre Antonio Vieira
1998 – Toda nudez será castigada
1998 - Ciranda dos homens, carnaval dos animais
1999 - Além da linha d'água
1999 - Altar do incenso
2001 – Vitor ou Vitória
2002 - A filha da...
2003 – Marília Pêra canta Ari Barroso
2004 – Mademoiselle Chanel
2005 – Marília Pêra canta Carmen Miranda
2006 - Pasárgada! - participação em vídeo
2006 - W In Tour 2006 - Era Uma Vez... (direção do espetáculo da cantora Wanessa Camargo).
2007 - Um lobo nada mau (musical infantil - direção)
2008 - Doce Deleite (direção)
2009 - Gloriosa
2013 - Hello, Dolly!

Principais prêmios:
1969 – Prêmio de Melhor Atriz de Teatro pela APCA por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
1969 – Prêmio de Melhor Atriz pelo Governo do Rio de Janeiro por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
1969 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
1971 – Troféu Imprensa de Melhor Atriz por atuação em “O Cafona”
1973 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Apareceu a Margarida”
1977 – Prêmio Mambembe de Melhor Atriz por atuação em “O Exercício”
1980 – Prêmio Air France de Melhor Atriz por atuação em “Pixote”
1981 – Prêmio de Melhor Atriz pela Sociedade de Críticos de Cinema de Boston (Society of Films Critics), Estados Unidos, pela atuação em “Pixote"
1982 – Prêmio de Melhor Atriz pela Sociedade de Críticos de Cinema dos Estados Unidos (National Society of Critics Awards - USA), pela atuação em “Pixote"
1983 – Kikito de Ouro de Melhor Atriz (Festival de Gramado) por atuação em “Bar da Esperança”
1983 – Prêmio Air France de Melhor Atriz por atuação em “Bar da Esperança”
1983 – Prêmio de Melhor Atriz de Cinema pela APCA por atuação em “Bar da Esperança”
1983 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Brincando em Cima Daquilo”
1983 – Prêmio Mambembe de Melhor Atriz de Teatro por atuação em “Adorável Júlia”
1983 – Prêmio de Melhor Atriz de Televisão pela APCA por atuação em “Quem Ama não Mata”
1987 – Troféu Imprensa de Melhor Atriz por atuação em “Brega & Chique”
1987 – Kikito de Ouro de Melhor Atriz (Festival de Gramado) por atuação em “Anjos da noite”
1988 – Prêmio de Melhor Atriz de Televisão pela APCA por atuação em “Brega & chique”
1988 – Prêmio de Melhor Atriz de Cinema pelo Festival de Cartagena (Colômbia) por atuação em "Dias melhores virão"
1988 – Comenda da Ordem do Rio Branco no Grau de Oficial
1989 – Menção como uma das Melhores Atrizes da década pela Sociedade de Críticos de Cinema dos Estados Unidos
1996 – Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Havana por atuação em "Tieta do Agreste"
1996 – Prêmio de Melhor Atriz de Cinema pela APCA por atuação em “Tieta”
1996 – Prêmio de Melhor Atriz de Teatro pela APCA por atuação em “Master Class”
1997 – Prêmio Mambembe de Melhor Atriz de Teatro por atuação em “Master Class”
1996 – Prêmio Sharp de Melhor Atriz de Teatro por atuação em “Master Class”
1999 – Grande Prêmio Cinema Brasil, na categoria de Melhor Atriz, por atuação em "O Viajante"
2003 – Comenda da ordem do mérito cultural na classe de comendador - Ministério da Cultura
2004 – Prêmio Shell de Melhor Atriz por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
2005 – Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Atriz por atuação em “Mademoiselle Channel”
2005 – Prêmio Shell de Melhor Atriz por atuação em “Mademoiselle Channel”
2006 – Prêmio Eletrobrás de Melhor Atriz por atuação em "Mademoiselle Chanel"
2007 – Lente de Cristal de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Miami por atuação em "Polaróides Urbanas"
2007 – Prêmio Faz Diferença 2006 de Melhor Atriz por atuação em "Mademoiselle Chanel"
2008 – Prêmio Contigo! De Melhor Atriz Coadjuvante por atuação em “Duas Caras”
2009 – Prêmio Arte Qualidade Brasil de Melhor Atriz Teatral Musical por atuação em “A Gloriosa”
2009 - Prêmio Brasil, por sua fisionomia. Marília não gostou da indicação e o dedicou a Susana Vieira.



Marília na novela O Cafona em 1970.

A Moreninha em 1965.

Bandeira Dois em 1971.
























Marília como Mademoiselle Chanel, em que a Maison Chanel de Paris deu todo o figurino para a peça.

Marília com o ator Fernando Ramos da Silva em Pixote, a Lei do Mais Fraco de Hector Babenco.

Noite de autógrafos de Cartas à uma Jovem Atriz de Marilia Pêra, que literalmente congestionou o corredor do Shopping Center Recife.


Eu com Marília verdadeira diva, viajava acompanhada de seu secretário, Ricky Costa. Maquiador e cabelereiro.

Capa do livro que bateu recordes de vendas no Recife.

Guardo com carinho a dedicatória de Marília do livro em que produzi a noite de autógrafos no Recife junto com Antônio Campos e depois fomos jantar no Fellini de Suzana Meira Lins e Francesco Papagno.

Fonte: Wikipédia
Fotos: Divulgação.