terça-feira, 25 de outubro de 2011

BROOKE ASTOR :: HOMENAGEM ao ÍCONE da FILANTROPIA.

Lembrei que este ano, em agosto, fez 4 anos da morte da milionária Brooke Astor - 105 anos. Gostaria de fazer uma homenagem, mesmo tardia,  a esta Dama da sociedade Nova Iorquina. Um exemplo de amor às artes e ao próximo.


Bem nascida, née Russel, ela também levou sobrenomes dos dois primeiros casamentos com J. Dryden Kuser e  Charles H. Marshall. Após um ano da morte do milionário Charles Marshall, ela se casa com o  ainda mais milionário Vicent Astor - o último milionário da lgendária família americana e dono da Newsweek Magazine.

A matriarca Astor Brooke era uma socialite adorada em Nova Iorque e os seus passeios de limousine pelos bairros pobres da cidade faziam as delícias da imprensa. Ela ainda é considerada uma das maiores Filantropas de todos os tempos. Foi Nova Iorque que mais se beneficiou da alma generosa de Mrs. Astor: cerca de 200 milhões de dólares (135 milhões de euros) foram para instituições de caridade e culturais, como o MOMA, a New York Public Library e o jardim zoológico do Bronx. Uma de suas frase celebres define o que ela sempre achou de ser milionária e a sua relação com o dinheiro: "Dinheiro para mim é como estrume, tem que ser espalhado".

Sendo Homenageada pelo então Presidente Ronald Reagan
Com uma alma nobre, cheia de amor e vontade de fazer caridade, os seus últimos dias não foram contemplados com a mesma bondade e generosidade que sempre teve para com os outros. Anthony Marshall, antigo embaixador, filho único de Astor, do seu segundo casamento,  foi um verdadeiro carcereiro, na mais pura essência da palavra, para como com esta Dama da sociedade Nova Iorquina. Mas como nos Estados Unidos a justiça funciona, na maioria dos casos, ele foi condenado por burlar a mãe enquanto esta lutava contra a doença de Alzheimer, nos derradeiros anos de vida.

Ainda ativa aos 100 anos de idade
Após cinco meses de julgamento, 74 testemunhas ouvidas e 12 dias de deliberações, a justiça considerou Marshall culpado de 14 das 18 acusações de fraude e roubo numa fortuna avaliada em cerca de 180 milhões de dólares. Aos 85 anos, o herdeiro de uma das mais lendárias famílias da América, que ainda enfrenta problemas de saúde, ouviu a sentença que mudou os anos que lhe restam de vida. Alguns anos de prisão, talvez faça da cadeia, o seus último endereço.
O escândalo familiar foi desencadeado em 2006, quando o neto de Brooke Astor, Philip Marshall, processou o pai por gerir de forma fraudulenta os bens da avó. No luxuoso duplex da Park Avenue, Anthony Marshall teria ainda sujeitado Astor a "dormir na sala com camisolas rasgadas num sofá malcheiroso, provavelmente devido à urina do cão", alimentando-a apenas com "comida enlatada", revelou o neto. As acusações não ficaram provadas, mas foram suficientes para abrir o processo, que contou com ilustres testemunhas: Henry Kissinger, antigo secretário de Estado, Barbara Walters, jornalista e celebridade da TV, e Annette de La Renta, mulher do conceituado estilista Oscar.

No tribunal a acusação não poupou Marshall, fruto do segundo casamento de Brooke com o milionário corretor da bolsa Charles Marshall, falecido em 1952. Anthony, veterano de guerra (combateu em Iwo Jima), foi acusado de se aproveitar da débil saúde da mãe, para  fazer com que ela assinasse documentos que transferiam milhões de dólares em dinheiro, bens e obras de arte para si e para a mulher, Charlene. No testamento original, a milionária doava grande parte da fortuna a instituições de caridade.

O advogado de Marshall, Francis Morrissey, também foi condenado por falsificação de documentos. No tribunal foram descritos como "dois Robin Hoods que roubam à caridade para enriquecerem a eles próprios".



Fotos: Divulgação.